JEJUM PRÉ OPERATÓRIO

As orientações de jejum pré-operatório são fundamentais para garantir a segurança e o bem-estar do paciente durante e após procedimentos cirúrgicos. Nós seguimos as orientações da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e Resolução do CFM 2174/2017. Essas orientações visam minimizar o risco de broncoaspiração pulmonar, uma complicação grave que pode ocorrer se o conteúdo gástrico for aspirado para os pulmões durante a anestesia. Estas são as orientações vigentes de acordo com a última atualização:

1. Líquidos claros: São permitidos até 2 horas antes da indução anestésica. Líquidos claros incluem água, sucos de frutas sem polpa, bebidas carbonatadas, chá e café sem leite. A ideia é que líquidos claros têm um tempo de esvaziamento gástrico mais rápido.

2. Leite materno: Recomenda-se um jejum de 4 horas para bebês que estão sendo amamentados.

3. Fórmula infantil, leite não humano e leite materno expresso: O jejum recomendado é de 6 horas.

4. Alimentos sólidos e leite: A recomendação é de um jejum de 6 a 8 horas. Isso inclui qualquer tipo de alimento sólido, leite, e alimentos não considerados líquidos claros. A ideia é garantir que o estômago esteja vazio para reduzir o risco de aspiração.

5. Medicações: Em geral, os pacientes podem tomar suas medicações habituais com um pequeno gole de água até 2 horas antes da cirurgia, mas isso pode variar dependendo do medicamento e da condição médica do paciente. É fundamental consultar o anestesista ou o médico responsável para orientações específicas.

É importante destacar que existem situações que podem exigir ajustes nessas orientações, como condições que afetam o esvaziamento gástrico (por exemplo, obesidade, diabetes, refluxo gastroesofágico) ou procedimentos de emergência. Em tais casos, o anestesista avaliará o risco versus benefício para definir o período de jejum mais adequado.

Além disso, a adesão a essas orientações não elimina completamente o risco de aspiração pulmonar, mas reduz significativamente a probabilidade de sua ocorrência. A comunicação clara entre o paciente, o anestesista e a equipe cirúrgica é essencial para garantir a segurança do paciente.